Wednesday, October 04, 2006

Menos é mais - comunicando e interfaces

Na sociedade consumista em que vivemos hoje, estamos tão acostumados a
sempre querer mais por menos que arece até abusrdo dizer que "menos é
mais", porém, quando falamos sobre comunicação (seja esta uma interface,
uma mensagem que queremos passar, etc.) menos pode ser um fator
determinante.
Clientes sofrem, na hora de escolher entre centenas de milhares de
opções de um produto ou serviço (talvez seja por isso que odiamos
comprar seguros, planos telefonicos, etc..), sofrem na hora em que um
banco muda a simples interface de 3 quadrados numa tela sensível a toque
para um com 50 botõezinhos, teclados numericos, e dispositivos
engolidores de cartão. Embora você aparentemente está dando maior poder
de decisão para seu cliente, oferecendo mais facilidades, a pergunta que
você deveria perguntar é: O meu cliente precisa disso tudo a mão o tempo
todo?
Que você quer dar ao seu cliente a maior quantidade de informações para
que ele tenha maior poder de decisão e certeza sobre o que ele está
adquirindo faz sentido, mas, você precisa saber balancear a informação.
Peguemos um cardápio por exemplo: Você poderia colocar a receita de cada
um dos seus pratos no cardápio, incluindo metodo de preparo, tempo de
cozimento, ingredientes, foto, e sei la mais o que... alguns clientes
adorariam isso, um cardápio com 50 páginas, repletas de receitas de cada
um dos seus pratos nos mínimos detalhes, mas e a grande maioria dos
clientes? Executivos no horário de almoço, correndo contra o tempo,
querendo fazer uma boquinha só pra não morrer de desnutrição no período
da tarde? eles com certeza não se benficiariam destas informações, na
verdade, eles seriam prejudicados por um cardápio deste tipo, tendo que
folhear dezenas de páginas para descobrir o que querem comer....
Compare isso com um cardápio de um McDonalds, #1, #2, #3, e assim por
diante... poucas escolhas significam poucas decisões, isto garante mais
facilidade ao cliente. E cliente feliz, é cliente que geralmente deixa o
dono do estabelecimento feliz também.

A mesma regra se aplica para o design de interfaces. Quantas vezes você
não viu sites com centenas de caixinhas de checkbox, radio buttons,
campos de nome, endereços, preferências sexuais, fotos e mais um tanto
de outras coisas, tudo esmagado em uma página que mais parece um rolo de
papel higiênico reclicado do que uma página na internet?
Não seria mais simples tranformar o conteudo em blocos? Solicitando
informações em doses homeopáticas, ocultando as opções avançadas dos
usuários comuns? Um exemplo prático disso são as "abinhas" dentro dos
programas que usamos. Pegue o windows, clicando sobre propriedades dos
desktop/area de trabalho, você tem uma tela com várias abinhas. Cada
uma destas abinhas abre um pouco de informação, e algumas delas ainda
contem mais sub-níveis. Isso tudo facilita a vida do usuário, que se
limita ao que ele sabe ou deseja fazer.

Embora não chegue a nenhuma conclusão milagrosa no final deste artigo,
vale pensar nas perguntas que este artigo levanta. Pare, pense,
comunique somente o que seja pertinente. Assim, você e seu cliente ficam
feliz.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home